quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Texto de Izabelle Valladareres- Mutação diária

Há cada dia que passa vejo o quanto eu mudo!
Coisas que me parecem tão concretas, de uma hora pra outra perdem o sentido e o valor em minha vida.
Muitas coisas que começo não termino, muitas coisas que planejo deixo de lado, antes que os planos comecem a serem postos em prática, dietas que diuram tr~es dias, relacionamentos que seriam eternos que duram duas semanas, telefonemas que deveriam ter sido dados e não foram,palavras que deveriam ser ditas e não foram.
Muitas vezes me olho no espelho tentando de verdade me enxergar, rio pra mim mesma,olho nos meus olhos tentando descobrir se eu sou eu, ou outra pessoa tomou o meu lugar.Lembro-me dos meus sonhos que deixaram de existri e da dura realidade que acorda comigo diariamente,e quando chega o final do dia, me enxergo completamente diferente da manhã.
Um dia acordo mãe e vou dormir mulher.                                              
Um dia acordo guerreira e vou dormir fraca.
Um dia acordo santa e vou dormir feiticeira.
Um dia acordo Feia e vou dormi linda.
A vida é assim, acho que com todas as mulheres, nossos hormônios entram em ebulição o dia todo, seja na hora da raiva, seja na hora do prazer, seja na hora da caridade que muitas das vezes nos leva as lágrimas.
E percebemos o quanto a máquina que nos rege, o nosso corpo, é complexa.
Nossa alma é grande demais e tem horas que parece sumir nas lágrimas na madrugada de solidão.
Nosso riso parece explodir nas lembranças de coisas que parecem que só nós vivemos.
A cada dia mudo, fisicamente e emocionalmente.
As barreiras da vida me tornaram fortes.
As desilusões me tornaram dura.
As paixões me tornaram espertas.
As mágoas... ah as mágoas... essas me tornaram esquecida!
Para que remoê-las? Para que lembrá-las? Essas deixo que se percam nas linhas de minhas mãos, já traçadas e que sabe Deus ou o destino aonde querem me levar.
Se sou casulo de amores, se sou metamorfose de lagarta, os se sou Vôo de borboleta eu não sei.
Sei que hoje sou uma e amanhã, sabe lá o que serei? Também não quero saber, quero só viver, por que amada certamente eu serei, mudando ou ficando a mesma, sorrindo ou chorando, simplesmente assumindo minha mutação diária!

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